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Amor que transforma: a reciprocidade entre mãe e filho na luta contra o capacitismo

Juninho e Nayara sorriem abraçados. Ele veste camiseta branca com azul, ela preta colorida. Ambiente interno, clima alegre e próximo. Foto.

A maternidade é uma jornada de aprendizado constante, mas para Nayara da Silva Oliveira, mãe de Juninho, essa jornada se revela uma troca profunda e transformadora. Nessa relação, barreiras são derrubadas e a força para enfrentar o capacitismo enraizado na sociedade é encontrada no amor incondicional que os une. “Sabe, para mim, ser mãe de uma criança com deficiência visual e microcefalia é, acima de tudo, superar barreiras. É incrível como o Juninho me ensina isso todos os dias. A gente imagina tantas dificuldades para ele, mas ele sempre as ultrapassa.”
A busca por um futuro com mais oportunidades e acolhimento para Juninho motiva sua mãe a se deslocar de Itambé até Vitória da Conquista, onde ele participa das atividades da Associação Conquistense de Inclusão do Deficiente (ACIDE). Essa dedicação reflete a esperança de construir um caminho mais inclusivo para o menino.
A experiência de Nayara com Juninho a ensina lições valiosas sobre a verdadeira natureza das dificuldades. “Como mãe, percebo que as dificuldades que ele enfrenta são pequenas perto do que nós, muitas vezes, enxergamos. A gente sente essa vontade de superprotegê-lo, com medo do que a sociedade pode apresentar. Mas ele, com a pureza dele, nos mostra que a sociedade não impõe tantas dificuldades assim para ele. Ele vive a vida de forma natural, vê as pessoas como iguais. Para ele, o dia a dia é bom, ele é uma criança alegre.”
A reflexão de Nayara culmina em uma crítica contundente ao capacitismo social. “E hoje, olhando para o meu filho, percebo que a verdadeira deficiência não está nele, mas sim na sociedade, que ainda não está preparada para incluir de verdade as pessoas com deficiência que existem hoje.”
A história de Nayara e Juninho é um testemunho poderoso da força do amor materno e da capacidade de superação que reside em cada indivíduo. É um lembrete de que a verdadeira deficiência reside na falta de empatia e acessibilidade do mundo ao nosso redor. A cada sorriso de Juninho e a cada experiência compartilhada com Nayara, a sociedade é convidada a repensar seus preconceitos e a construir um futuro mais inclusivo e acolhedor para todos.

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2 comentários em “Amor que transforma: a reciprocidade entre mãe e filho na luta contra o capacitismo”

  1. Naiara da Silva Oliveira

    Bom de mais saber que temos pessoas deficiente com tanta capacidade em mudar tudo em apenas um simples jeito de viver.

  2. Que belo exemplo de amor, cuidado e superação dessa mãe e do seu filho! Parabéns Naiara pela força, dedicação e amor dedicado a Juninho!

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