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Desafios na Educação: IBGE detecta altas taxas de analfabetismo entre peessoas com deficiência no Brasil

Imagem do post: Pessoa em cadeira de rodas, em movimento em um corredor de escola. (Reprodução/Rede Globo)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), detectou um cenário preocupante sobre o acesso à educação para pessoas com deficiência (PCDs) no Brasil. Os números revelam que o analfabetismo entre essa parcela da população é significativamente maior em comparação com pessoas sem deficiência.
De acordo com o levantamento, o Brasil possui 14,4 milhões de pessoas com deficiência, representando 7,3% da população com dois anos ou mais de idade. Entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade com deficiência, impressionantes 2,9 milhões são analfabetas, o que corresponde a uma taxa de analfabetismo de 21,3%. Este percentual é quatro vezes superior à taxa de analfabetismo das pessoas sem deficiência, que é de 5,2%.
A disparidade educacional não se limita ao analfabetismo. O instituto também apontou que, apenas 7,4% das pessoas com deficiência haviam concluído o ensino superior, enquanto entre as pessoas sem deficiência, essa proporção era de 19,5%. Da mesma forma, o acesso ao ensino médio completo também mostra uma lacuna, com 25,6% das pessoas com deficiência tendo finalizado este nível, contra 57,3% das pessoas sem deficiência.
Em relação a tipos específicos de deficiência, o IBGE revelou que 7,9 milhões de pessoas tinham dificuldade de enxergar, mesmo com o uso de óculos ou lentes de contato. Já 5,2 milhões de pessoas relataram dificuldade para andar ou subir degraus, mesmo utilizando prótese ou outro aparelho de auxílio.
Os dados indicam que a prevalência de deficiência aumenta com a idade. Enquanto apenas 2,2% da população de 2 a 14 anos apresentava algum tipo de deficiência, esse percentual sobe para 5,4% entre adultos de 15 a 59 anos e atinge 27,5% entre pessoas com 70 anos ou mais. A concentração de analfabetos com deficiência é maior na região Nordeste, que lidera em proporção (8,6% da população da região).
Pela primeira vez, o Censo incluiu uma pergunta sobre o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os dados mostram que o Brasil tem 2,4 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo, o que corresponde a 1,2% da população.
Para orientar políticas públicas, a Meta 9 do Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu a redução da taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais para 6,5% até 2015 e a erradicação do analfabetismo até 2024. Os dados atuais mostram que o país ainda enfrenta desafios significativos para atingir esses objetivos, especialmente para a população com deficiência.

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