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Rodoviária de Vitória da Conquista: Um Labirinto de Limitações para Pessoas com Deficiência 

Viviane está diante de uma realidade inaceitável! Com expressão de incredulidade e descrença, ela se posiciona em frente a uma rampa de acessibilidade que está completamente danificada e sem condições de uso. / Foto.

A rodoviária de Vitória da Conquista se mostra um equipamento ultrapassado, incapaz de atender às necessidades específicas das pessoas com deficiência. Questões como piso tátil incompleto, batentes inadequados, rampas inclinadas e a falta de ônibus equipados com elevadores são apenas algumas das barreiras que dificultam a mobilidade e a inclusão social. 

A escassez de poltronas reservadas e a precariedade das condições de acesso são questões críticas que necessitam de atenção imediata. A rodoviária, que deveria ser um ponto de partida para a liberdade de ir e vir, se transforma em um local de limitações e desafios para aqueles que mais precisam de apoio e acessibilidade. 

“Viviane Fernandes, com mobilidade reduzida, se deparou com um batente em frente ao guarda-volumes e por pouco não caiu sobre a vidraça, ocasionando um acidente.” – ela relata a sua experiência no equipamento. 

“Eu me sinto violada, principalmente quando eu chego e tenho que acessar a rampa, e a rampa está com a inclinação inadequada e um projeto que parece ter sido feito apenas para dizer que existe uma rampa.” – continuou relatando. 

“Outra questão são os motoristas dos ônibus; quando tentamos acessar os veículos, a maioria não é adaptada para cadeiras de rodas e, quando você tem dificuldade de locomoção e sinaliza para algumas empresas para rebaixar o carro, um motorista informa que não pode.” – acrescentou. 

“Eu percebo que isso gera muitas barreiras, muitas barreiras, e isso impede que muitas pessoas viajem e conheçam novos lugares, pois a acessibilidade é insuficiente. Isso dificulta uma vida social, como qualquer outro cidadão.” – desabafou. 

“Sim, porque a nossa constituição afirma que somos todos iguais em direitos e deveres, mas, na prática, observamos a violação de muitos desses direitos, e a questão desses deveres é simplesmente um passo em falso, ou eu vou ficar calada. Precisa de uma rampa? Vamos colocar uma rampa ali, mesmo que não ajude.” 

“Foi pior; hoje está um pouco menos pior do que antes, porque até o atendimento dos funcionários das empresas era péssimo, negando viagens mesmo se você tivesse o passe-livre, e sempre alegavam que as cadeiras preferenciais estavam ocupadas.” – concluiu. 

É fundamental que as autoridades competentes reconheçam a gravidade dessa situação e tomem as medidas necessárias para garantir que todos os cidadãos possam usufruir dos serviços de transporte de maneira digna e segura. A acessibilidade deve ser uma prioridade, e a rodoviária de Vitória da Conquista precisa se modernizar e se adaptar para atender a todos, sem exceção. 

Além disso, foram solicitadas informações à gerência geral da rodoviária e à Agerba, mas até o fechamento desta matéria não havia resposta, o que demonstra o descaso com a dignidade da pessoa com deficiência. 

Relação com o Desenho Universal 

O conceito de desenho universal busca criar ambientes que sejam acessíveis e utilizáveis por todas as pessoas, independentemente de suas capacidades ou limitações. No contexto da rodoviária de Vitória da Conquista, isso significa que as instalações deveriam ser projetadas para atender a todos, incluindo pessoas com deficiência, idosos e crianças. Isso envolve a eliminação de barreiras físicas e a criação de um espaço que promova a inclusão e a autonomia, permitindo que todos possam usufruir dos serviços de transporte de maneira digna e segura.

1 comentário em “Rodoviária de Vitória da Conquista: Um Labirinto de Limitações para Pessoas com Deficiência ”

  1. Cláudio Oliveira Macedo

    Muito oportuno a matéria, provocar o poder público e os espaços privados de uso público para adequação viabilizando a viabilidade e acessibilidade dos equipamentos

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