
Apesar de muitas conquistas alcançadas ao longo dos anos, não há motivos para comemorar. Esta data nos convida à reflexão: é verdade que os avanços tecnológicos e legislativos trouxeram novas possibilidades e abriram caminhos importantes, mas grande parte das leis permanece apenas no papel, distante da realidade cotidiana das pessoas com deficiência.
Na história, relatos apontam que alguns povos indígenas jogavam pessoas que nasciam com deficiência nos abismos, por não compreenderem ou aceitarem sua condição. Hoje, apesar de toda a tecnologia disponível e de uma legislação que garante inúmeros direitos, esse mesmo público ainda é empurrado para o “precipício do descaso”, como se vivêssemos uma continuidade simbólica daquela exclusão.
As barreiras ainda são muitas: arquitetônicas, que impedem o acesso físico; comunicacionais, que limitam a compreensão e a interação; e sociais, que reforçam a marginalização. Mas, acima de todas elas, a maior barreira é a atitudinal — presente na sociedade e, sobretudo, nos gestores públicos que não vivem o cotidiano dessa parcela da população e, por isso, não compreendem suas reais necessidades.
Infelizmente, homens, mulheres e crianças com deficiência continuam sendo vítimas de um verdadeiro holocausto velado. Por isso, o 21 de setembro não é um dia de festa, mas sim de luta, resistência e conscientização, para que a dignidade deixe de ser promessa e passe a ser realidade.
Concordo plenamente com tudo que foi dito quanto parabéns pelo texto!